sábado, fevereiro 28, 2004

O Hidrogénio


O hidrogénio é o elemento mais simples e mais abundante do Universo. No entanto, por ser tão leve, o hidrogénio molecular (H2) não é tão fácil de encontrar no nosso planeta, não existem grandes depósitos (como os dos hidrocarbonetos) deste gás.
Na Terra, o hidrogénio encontra-se conjugado com outros elementos, como por exemplo na molécula de água, em que existem dois átomos deste elemento ligados a um de oxigénio.
Na produção distribuída de energia, um conceito muito interessante tem vindo a ser desenvolvido: a produção de hidrogénio a partir das energias eólica e fotovoltaica (através da electrólise da água) quando as fontes de energia instaladas estejam a produzir mais energia do que a necessária para a rede eléctrica.

No armazenamento de hidrogénio, a abordagem mais tradicional tem sido a da pressurização do gás, conduzindo a atenção dos agentes envolvidos para os aspectos relacionados com a segurança, pois os tanques de hidrogénio podem possuir o gás em pressões acima das 350 atmosferas e o público em geral ainda se sente muito desconfortável com este elemento. De há uns anos a esta parte, a tecnologia de armazenamento do gás em hidretos metálicos oferece uma solução mais compacta e segura para estes problemas, mas esta opção continua ainda muito onerosa.

Nas aplicações móveis e portáteis, a chave parece residir na produção de hidrogénio no local e “à medida” do consumo do utilizador. Existem basicamente três formas de produção de hidrogénio, cada uma com as suas vantagens e desvantagens, como se pode verificar na seguinte Tabela:
Vantagens e desvantagens das tecnologias de produção de hidrogénio

As vantagens e desvantagens das tecnologias de produção de energia são as seguintes


Reformação de hidrocarbonetos o sub produto da reacção e Oxido de carbono. As suas vantagens são a densidade enegética e a diversidade dos combustiveis como desvantagem apresentam uma depedência dos hidrocarbonetos, subprodutos nocivos nocivos .

Electrolise da água não existe sub produto da reacção . As suas vantagens são a integração com energias renovaveis como desvantagem apresentam a tecnologia mais cara

Reacção dos hidretos quimicos o sub produto da reacção e ião oxigenado correspondente. As suas vantagens são os subprodutos serem regeneráveis e inofensivos como desvantagem apresentam o preço dos hidretos.

sábado, fevereiro 21, 2004

E o Vento Que Passa...

Mais um artigo que nos faz pensar......

Portugal importa 90 por cento da energia que consome. Sob a forma de petróleo, carvão, electricidade e, mais recentemente, gás natural. Portugal gasta mal essa energia que importa e que nos sai muito cara. Temos casas mal construídas e sistemas de aquecimento e arrefecimento mal concebidos, transportamos as mercadorias quase todas por rodovia, boa parte da indústria está obsoleta, desinvestimos numa rede eléctrica onde, hoje, as perdas são imensas (mais de dez por cento), e por aí adiante. Portugal também cresce mal do ponto de vista energético, pois por cada unidade que acrescentamos ao produto acrescentamos um aumento do consumo de energia desproporcionadamente maior. Pior: em 2003 o produto contraiu-se, mas o consumo de energia subiu cinco por cento, o que é ainda mais dramático. Finalmente, Portugal não tira partido dos seus recursos. O programa de construção de barragens está praticamente parado desde o caso de Foz Côa e os outros programas de investimento em energias renováveis avançam a passo de caracol. Quando não estão bloqueados por más vontades ou encravados no emaranhado da burocracia estatal.

No Sábado o PÚBLICO dava alguns elementos sobre o que os outros fazem e nós não fazemos. Revelava, por exemplo, que o ano passado na Grécia 43 mil casas tinham sido equipadas com energia solar, contra apenas mil em Portugal. E que, em termos de energia eólica, a Galiza já tem 1600 megawatts a Funcionar e só o ano passado construiu mais 300, isto é, fez mais num ano do que Portugal em quinze.

Na verdade, Portugal tem apenas 250 megawatts instalados, apesar da resolução do Conselho de Ministros de 28 de Abril de 2003 estimar o nosso potencial em 3750 megawatts (uma estimativa por baixo, pois o potencial real será de cinco mil megawatts). Se esse potencial já estivesse aproveitado, se se tivessem desenvolvido estas formas de energia "verde", Portugal não estaria hoje na situação de grave e quase irreversível incumprimento do Protocolo de Quioto.

Temos pois de alterar radicalmente políticas. Em termos de energies renováveis, só a energia eólica permite, no curto prazo, resultados com impacto sensível não só na redução das importações e das emissões de dióxido de carbono, como na criação de uma interessante fileira industrial.

Repare-se como, na vizinha Galiza, 75 por cento do investimento em energia eólica é de incorporação local, isto é, utiliza materiais e peças feitas na Galiza. E como na Dinamarca, um país com metade dos habitantes de Portugal, este tipo de energia já cobre 22 por cento das necessidades e gera 25 mil empregos.

Então, porque não se arranca? No essencial, porque o Estado não funciona e porque não existe vontade política. Um projecto que leva meses a licenciar em Espanha arrasta-se entre nós uns cinco anos, circulando entre diferentes ministérios, gabinetes de ministros, câmaras municipais e juntas de freguesia. Um inferno kafkiano que a mudança de Governo não melhorou, antes pelo contrário. Tudo serve para criar dificuldades, desde imaginários valores ambientais até opiniões sobre a estética dos moinhos ou o ruído das pás. E tudo serve para esportular aos investidores "compensações" e "taxas". Sim, porque neste caso nem se pede dinheiro ao Estado: só se pede é que o Estado não atrapalhe. E pense que temos obrigações para cumprir relativamente ao Protocolo de Quioto e às metas comunitárias de incorporação de energias renováveis.

Extraido do Jornal Público

NTT lança pilha solar de bolso

A NTT, companhia de telecomunicações japonesa, desenvolveu uma pilha de energia solar destinada a aparelhos portáteis como telemóveis, leitores de discos compactos, câmaras de vídeo digitais ou consolas de jogos.

O produto baptizado com o nome de "Pocket energy" (energia de bolso), será lançado em Maio no Japão a um preço unitário inferior a 148 euros. De acordo com responsáveis pela empresa nipónica citados pela Agência Lusa, o «sistema permite recarregar aparelhos portáteis durante uma viagem ao estrangeiro ou em caso de catástrofe natural».

A pilha pesa cerca de 300 gramas e é constituída por um painel solar desdobrável, um reservatório de energia e cabos de ligação. Depois de colocado ao sol durante quatro horas, a pilha permite ao utilizador accionar um telemóvel durante igual período ou um televisor com ecrã de cristais líquidos durante duas horas.


sábado, fevereiro 14, 2004

Autocarros a hidrogénio abastecidos em Francos

Finalmente a tecnologia a hidrogenio começa a dar os seus primeiros passos, reproduzo o artigo do Diario de Noticias sobre os H2O Bus

A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) tem uma estação de abastecimento de hidrogénio única no País. O objectivo é atestar de forma rápida e fácil os três autocarros que estarão em circulação experimental na cidade durante dois anos, no âmbito do Projecto CUTE - Clean Urban Transport for Europe, que envolve nove cidades europeias.

Os H2Bus, como são designados, estão já em exploração como reforço da Linha 20 que realiza o percurso circular da cidade - Praça da Liberdade, Palácio, Boavista, Marquês, Bolhão e, novamente, Praça da Liberdade. Estes autocarros, modelo Marcedes-Benz Cítaro Fuel Cell, têm capacidade para 52 passageiros e uma velocidade máxima de 70 quilómetros/hora.

A bomba de combustível, da responsabilidade da BP, está situada na estação de recolha da STCP de Francos. O hidrogénio é produzido na fábrica da Linde (outra associada do projecto), em Alenquer, que também é responsável pelo transporte e pela monitorização da estação de abastecimento no Porto, através de um sistema de controlo à distância.

A STCP garante que estes autocarros são seguros e «o público está a reagir bem, não existindo receios na sua utilização». Rocha Teixeira, administrador da empresa, garante ainda que a estação de abastecimento foi construída sob padrões de segurança muito rígidos. A grande vantagem é a preservação do meio ambiente, já que este transporte público apenas emite para a atmosfera vapor de água.

Parte desta filosofia foi baseada na já amplamente testada nos autocarros a gás natural, com as devidas adaptações, quer ao nível da tecnologia aplicada (pilhas de combustível) quer das características intrínsecas do hidrogénio. Recorde-se que, desde há três anos, a STCP tem autocarros a gás a circular na cidade. A segunda maior frota europeia com 175 viaturas que representam 30 por cento da frota total.

Ligada à Rede de BT a 1ª Central Fotovoltaica em Regime de Produção Especial

A 10 de Dezembro de 2003 entrou em funcionamento a 1ª Central Fotovoltaica ligada à Rede Eléctrica Nacional, em Regime de Produção Especial. Esta central vende ao concessionário da rede local (EDP Distribuição) a totalidade da energia produzida e está localizada no concelho de Barcelos.

Tem uma potência de 4,96 KWp e uma produtividade anual estimada 6.850 KW.h, o que equivale a uma remuneração superior a 3500, contribuindo ainda para a redução de aproximadamente 2,5 toneladas emissões de CO2/ano. A energia é entregue na rede pública de Baixa Tensão.

A instalação é propriedade de uma empresa da área de engenharia e foi concebida em colaboração com a SunTechnics – um dos maiores instaladores alemães de sistemas fotovoltaicos ligados à rede – tendo sido utilizados módulos SHARP e inversores FRONIUS.

Do ponto de vista técnico, o equipamento é muito simples: “…o sistema é completamente automático, não necessitando de técnicos em permanência no local. Aliás, se for necessário,
podemos até efectuar a monitorização do equipamento à distância. Só é necessário no último dia de cada mês efectuar a leitura do contador e emitir a factura respectiva ao concessionário da rede, que no nosso caso é a EDP Distribuição... ”

Segundo o promotor, “ os benefícios ambientais destes equipamentos são evidentes. O futuro do aproveitamento solar fotovoltaico passa claramente por sistemas de pequena potência (até 100 KWp), instalados em telhados, coberturas de edifícios ou explorações agrícolas, ligados à rede de Baixa Tensão. Ao contrário do que acontece no resto da Europa, em Portugal ainda não existe legislação específica para esta tecnologia, que agilize o processo de licenciamento.

Portugal tem que instalar 150MW de sistemas fotovoltaicos ligados à rede até ao final da década. Estamos em 2004 e a nossa instalação ainda é a única… parece-me fácil de perceber que algo está mal…”.

Os interessados em visitar a instalação poderão fazê-lo em qualquer dia da semana, bastando apenas um contacto prévio, que poderão descobrir no site do promotor, em www.coeptum.pt .

sábado, fevereiro 07, 2004

INAUGURADO SISTEMA DE BIOGÁS

Amílcar Theias, ministro do Ambiente, inaugurou na quinta-feira o primeiro sistema de recuperação de biogás para produção de electricidade do país, no aterro sanitário intermunicipal do Seixal.

Como avança a Renascença, o ministro era esperado, na zona, por algumas dezenas de moradores de Pinhal Conde da Cunha e Cruz de Pau que empunhavam faixas onde se lia «Ambiente limpo e azul morreu com a Amarsul e pasta de mau cheiro».

O aterro que recebe anualmente uma média de 150 mil toneladas de lixo doméstico dos concelhos de Almada e Seixal é gerido pela Amarsul - empresa concessionária do sistema multimunicipal de valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos da margem Sul do Tejo.

Ouvidas as reclamações, o ministro disse que foi entregue na Câmara Municipal do Seixal uma auditoria feita pela Amarsul ao funcionamento do aterro que «identifica problemas» associados a maus cheiros e «propõe recomendações».

Por outro lado, o presidente da Amarsul afirmou que o sistema de recuperação de biogás para produção de energia eléctrica, em funcionamento desde finais do ano passado, permitirá diminuir gradualmente a emissão de maus cheiros provenientes da decomposição do lixo doméstico.

Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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