sexta-feira, outubro 22, 2004

Automoveis - Alternativas

A nova atracção de Vila Franca de Xira tem quatro rodas e uma capacidade para transportar 18 passageiros pelas ruas do centro da cidade. Falamos-lhe de um mini autocarro eléctrico que circula pela zona urbana sem poluir o ambiente.
Em Vila Franca de Xira chamam-lhes Limpinhos e a verdade é que o nome lhes assenta como uma luva. Não emitem gases poluentes, não fazem barulho e não precisam de combustível para andar. São dois autocarros eléctricos que circulam pela cidade há cerca de duas semanas. Num percurso de três quilómetros o Limpinho passa pelas principais zonas urbanas, incluindo áreas pedonais. Os autocarros pertencem à Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico e estão à experiência até Março em Vila Franca de Xira. Se tudo correr bem, a autarquia irá concorrer aos apoios da Direcção Geral dos Transportes Terrestres para adquirir dois autocarros eléctricos.
Autocarros eléctricos pela Europa
O Limpinho faz parte de uma família de mini autocarros chamada Gulliver. Não têm motor de combustão e são alimentados por duas baterias de chumbo com uma autonomia de quatro a seis horas. Os mini autocarros eléctricos foram adoptados em muitas capitais europeias para a circulação nos centros urbanos e nas zonas históricas onde normalmente os outros transportes não podem transitar. Em Portugal, o Gulliver já foi experimentado em cerca de 20 cidades. Coimbra aderiu a estes veículos e tem neste momento duas carreiras eléctricas a funcionar permanentemente. Deverá seguir-se a cidade de Portalegre e outras capitais de distrito estão interessadas em adquirir este transporte.

Emissão de gases nocivos preocupa fabricantes de automóveis
O Protocolo de Quioto intensificou as preocupações com os níveis de emissão de dióxido de carbono: o gás responsável pelo efeito estufa e que é emitido pelos veículos motorizados. A pensar no ambiente, muitas marcas investiram na comercialização de veículos ligeiros eléctricos. Apesar disso o esforço ainda não teve grande retorno económico. Em Portugal existem pouco mais de 20 automóveis em circulação.

Caros e pouco práticos
Um carro eléctrico pode custar mais do dobro do mesmo veículo com motor de combustão interna. Robert Stussi, presidente da Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico aponta ainda outro problema: a falta de fichas eléctricas na via pública e nos parques de estacionamento o que impede o carregamento das baterias e a mobilidade dos carros eléctricos.

Veículos Híbridos
Para quem não dispensa o automóvel particular, a melhor solução em termos ambientais continuam a ser os veículos híbridos. Estes automóveis funcionam com um motor de combustão assistido por um motor eléctrico que é activado quando o carro acelera. Na prática há uma poupança de combustível nas situações de pára-arranca e uma redução nas emissões de CO2. Já há vários modelos disponíveis no mercado e o preço é semelhante a um carro da mesma cilindrada com motor a gasolina porque um veículo híbrido paga menos 40% de imposto automóvel.
O motor eléctrico parece ser, no momento, a solução mais viável para reduzir a emissão de poluentes e o consumo de combustível. Apesar disso, outras alternativas energéticas estão a ser aplicadas à mobilidade. A pilha de combustível já está a ser experimentada em muitos veículos por todo o mundo e pode ser a grande revolução dos transportes já que funciona a hidrogénio e tem zero por cento de emissões. Além disso outras experiências estão a ser feitas e, numa breve pesquisa pela Internet, encontramos, por exemplo um automóvel que funciona com um motor de ar comprimido e não polui o ambiente.

quinta-feira, outubro 14, 2004


Ministra da Ciência admite financiamento para projecto de produção de hidrogénio nos Açores

A ministra da Ciência, Maria da Graça Carvalho, afirmou hoje que o projecto para a produção de hidrogénio nos Açores "é inovador a nível internacional", devendo, por isso, ter financiamento assegurado. A central irá custar 3,5 milhões de euros.
Durante uma visita às instalações do Laboratório de Ambiente Marinho e Tecnologia (Lamtec) da Universidade do arquipélago, situado na ilha Terceira, a ministra salientou que as "regiões ultraperiféricas como os Açores são as ideais para a demonstração das tecnologias inovadoras".
"Muitas das novas tecnologias fazem mais sentido nas regiões mais distantes porque permitem resolver os problemas energéticos das zonas mais isoladas", disse Maria da Graça Carvalho.
Na sua deslocação aos Açores, a ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior assistiu à assinatura de dois protocolos entre o Lamtec e o Instituto Superior Técnico, destinados à cooperação e desenvolvimento dos estudos e projectos nas áreas das energias renováveis e à produção do hidrogénio.
Ao abrigo dos protocolos, as duas instituições irão preparar projectos para apresentar a financiamentos regionais, nacionais e europeus, em especial ao "Programa Operacional Ciência e Inovação 2010".
Os financiamentos destinam-se ao desenvolvimento da central de produção de hidrogénio, localizada na Praia da Vitória, e à sua aplicação prática nas ilhas do Corvo e Graciosa como zonas piloto.
Parte do hidrogénio produzido na primeira central de hidrogénio dos Açores, orçada em 3,5 milhões de euros, será destinado à rede da Electricidade dos Açores. A restante produção irá ser utilizada em acções de demonstração na propulsão de veículos, fogões de restaurantes e aquecimentos de água.
De acordo com os investigadores do Lamtec, o projecto visa estudar as potencialidades da região nesta área, de forma a substituir gradualmente os combustíveis fósseis.
Até ao momento, o Lametec tem vindo a ser apoiado por um consórcio de empresas privadas e pela Câmara Municipal da Praia da Vitória, que cedeu instalações para o desenvolvimento das investigações.

sábado, outubro 02, 2004

Energia solar pode sair à rua

Os automóveis movidos a energia solar poderão ser uma realidade dentro de dez a vinte anos. Isto, caso a indústria mundial do sector se interesse pela comercialização destes veículos não poluentes. A Agência Espacial Europeia (ESA) desenvolveu o seu próprio protótipo: o Nuna, da responsabilidade da equipa Alpha Centauri Team, da Universidade de Delft, na Holanda, dirigida pelo antigo astronauta Wubbo Ockels.
Este projecto, desenvolvido por jovens cientistas holandeses, foi o que suscitou mais curiosidade no primeiro dia da Conferência Bienal sobre sistemas de alimentação usados no espaço, que, desde ontem, decorre no Porto. O objectivo que levou à criação do Nuna é tirar o máximo partido dos benefícios da mais recente tecnologia europeia espacial. Wubbo Ockels é responsável pelo Gabinete de Projectos Educativos da ESA e foi no âmbito destas funções que se tornou conselheiro da equipa holandesa da Universidade de Delft.
Desta forma, através do programa de financiamento da ESA para os painéis solares e baterias, nasceu um carro solar mais rápido, mais eficiente e mais seguro. O desafio ficou comprovado em Novembro do ano passado, quando o Nuna venceu o "World Solar Challenges", evento realizado na Austrália destinado a promover o uso da energia solar. Dotado de células solares iguais às usadas pelo telescópio espacial Hubble, o veículo percorreu 3010 quilómetros do deserto australiano no tempo recorde de 32 horas e 39 minutos.
A energia recolhida pelos 36 painéis solares instalados no automóvel é armazenada numa bateria, sendo a voltagem apenas regulada por um pequeno chip. Este armazenamento de energia permite que o veículo possa circular mesmo em condições climatéricas adversas, ou seja, com ausência de luz. Uma tecnologia baseada também na investigação espacial da ESA, nomeadamente no desenvolvimento dos satélites. Com baterias bem carregadas, a velocidade deste automóvel pode atingir entre 250 a 500 quilómetros por hora.
A grande vantagem está no facto de o Nuna não ser poluente. E este é o grande argumento que tem levado Ockels a promover o invento em todos os eventos científicos realizados pelo mundo. Falta mesmo é que governos e industriais do sector se interessem pela comercialização. "Actualmente tudo é possível. Ainda há cinco anos não era pensável ter um computador dentro do telemóvel e hoje andamos com ele no bolso para qualquer lado", afirmou o ex-astronauta, pouco antes de expor a sua experiência perante uma plateia bem recheada. Para o cinetista nada impede que os carros movidos a energia solar sejam tão seguros, confortáveis e velozes como os actuais. A única diferença é que não poluem, por isso, "a indústria só tem de fazer a escolha".
A Agência Espacial Europeia há muito fez a opção e só utiliza a energia nuclear nos programas que desenvolve conjuntamente com os americanos da NASA. Wubbo Ockels ainda recorda com saudade a sua participação em 1978 no grupo de trabalho da missão Spacelab-1. "Senti-me pequeno", referiu o antigo astronauta, classificando a experiência de "maravilhosa".
Desde há muito que a energia solar é a principal fonte de alimentação usada pelos satélites aeroespaciais da ESA, que investe sobretudo na tecnologia das células e das baterias. E este tem sido o principal problema: tirar o máximo rendimento das células, apesar da insuficiente capacidade de armazenamento. Assim, até sexta-feira, especialistas em fotovoltaicas, baterias e conversores de energia vão trazer ao Porto as suas experiências e levantar a discussão. O grande objectivo, como salienta Philippe Perol, presidente da Agência Espacial Europeia, é "mostrar o que de mais avançado se faz na Europa e que, embora os resultados não sejam sempre imediatos, se faça a discussão dos projectos e o intercâmbio de ideias".

Ballard fornce a primeira frota Ford Focus a células de combustível

A empresa canadiana – Ballard Power Systems vai fornecer a frota de Ford Focus para um programa de demonstração a cargo do Departamento de Energia dos EUA em Detroit. A Ballard juntamente com os parceiros da “Alliance” – Ford e Daimler Chrysler continuam a liderar o Mercado no desenvolvmento de soluções para células de combustivel. A decisão de comercializar as soluções já desenvolvidas levou o consórcio a ser o principal parceiro de Departamento de Energia dos EUA para os programas de demonstração das células de combustível.
Nos próximos dois anos cerca de 120 veículos com células de combustível produzidos pela Alliance estarão nas estradas e nas mãos dos clientes finais em 13 países. A experiência ganha com base nas condições reais de utilização aumentarão consideravelmente o conhecimento da tecnologia e permitirão futuros desenvolvimentos para melhor performances.

Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
Ring Owner: Poli Etileno  Site: Os Ambientalistas
Free Site Ring from Bravenet Free Site Ring from Bravenet Free Site Ring from Bravenet Free Site Ring from Bravenet Free Site Ring from Bravenet