Hydrogen3
Quase dez mil quilómetros depois, eis que o «Hydrogen3» está prestes a chegar a Portugal. A chegada deste veículo, movido a hidrogénio, está a ser preparada com toda a pompa e circunstância. A tal ponto que, no próprio dia da chegada, será realizada uma conferência dedicada às células de combustível e ao futuro da mobilidade automóvel, no Instituto Superior Técnico.
A bordo do «Hydrogen3»
Partiu da Noruega e está na estrada há quase 1 mês. Nesta longa maratona, o «Hydrogen3» passou por 14 países europeus. Ou melhor: está prestes a entrar naquele que é o 14º país e que é, justamente, Portugal.
O veículo, movido a hidrogénio, foi construído pela General Motors. Até agora, o automóvel tem superado todos os obstáculos durante o longo percurso, tais como as alterações atmosféricas e a constante mudança das densidades de tráfego que influenciam o consumo.
A cada paragem troca-se de condutor e abastece-se a viatura, através de um posto de combustível móvel. A esta altura o «Hydrogen3» atravessa Espanha e avança em direcção a Portugal, mais precisamente ao Cabo da Roca, cuja chegada está programada para 9 de Junho.
Os detalhes da máquina
Mas, afinal, que carro é este? À primeira vista, o «Hydrogen3» assemelha-se a um automóvel perfeitamente normal. Ainda para mais, este protótipo baseia-se na versão de um dos veículos da Opel – o Zafira - com 5 lugares.
Quem observar atentamente o motor, certamente reparará nas diferenças… e, para isso, não é preciso ser-se um «expert» em mecânica. Na verdade, existe uma pilha (que não é mais do que um bloco de 200 células de combustível ligadas em série), que geram 80 kW de potência constante.
Nestas células, o hidrogénio e o oxigénio reagem separadamente num processo electroquímico, com a ajuda de um catalisador, produzindo água. A maior parte da energia química gerada durante esta reacção é, então, convertida em energia eléctrica.
Quanto a velocidades, eis os números: com um sistema de propulsão quase silencioso, o «Hydrogen3» acelera dos 0 aos 100 km/h em cerca de 16 segundos, podendo alcançar uma velocidade máxima de 160 km/h.
Do automóvel para a conferência
Já se sabe que a chegada do «Hydrogen3» está prevista para a tarde de 9 de Junho, no Cabo da Roca. Esta chegada antecede precisamente uma conferência sobre «Hidrogénio e Células de Combustível: o Futuro da Mobilidade Automóvel”, que irá decorrer no Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
Pelo centro de congressos da instituição, a partir da 10h30, vão passar Carlos Matos Ferreira (presidente do IST) e Marques Gonçalves (presidente da General Motors). São estas as figuras encarregues pela abertura da sessão que, depois disso, prossegue com Tiago Farias, presidente da Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio. O presente e o futuro do hidrogénio em Portugal serão assim discutidos pela mão deste especialista e o encerramento da conferência, previsto para as 12h30, será feito por Râmoa Ribeiro, presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
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