sábado, abril 17, 2004

Portugal pode ser plataforma europeia de células de combustível

A "tecnologia do Hidrogénio" associada à gestão de resíduos constitui uma grande oportunidade para uma estratégia nacional de desenvolvimento sustentável, porque contribui para a fixação de quadros altamente qualificados, viabiliza uma indústria de elevado valor acrescentado e promove a excelência ambiental.

O desafio de promover um desenvolvimento sustentável, constitui-se como ambição colectiva e implica conjugar desenvolvimento económico com a promoção de estabilidade social, sem comprometer o ambiente em que vivemos. A solução para esta complexa equação passa por inovar a diferentes níveis, assumindo tecnologias e práticas mais eco-eficientes.
O paradigma do desenvolvimento sustentável encontra um excelente exemplo na energia. A sustentabilidade do sistema energético depende, do lado da procura, da atitude com que encaramos o consumo, do lado da oferta, do reforço das fontes energéticas renováveis e, do lado da utilização, da optimização dos sistemas de transformação de energia. No vértice desta discussão está, actualmente, o hidrogénio.

O hidrogénio não é a solução dos problemas energéticos, mas é um excelente veículo de transporte de energia entre a oferta e a procura e oferece excelência ambiental, porque utilizado para produzir electricidade, apenas envolve a produção de água, estando assim isento de outras emissões poluentes. A viabilidade energética e económica do hidrogénio depende de uma tecnologia que permita a transformação da energia primária em electricidade, com um rendimento energético global superior ao da transformação directa numa máquina térmica convencional. Essa tecnologia existe, é a célula de combustível.

Focando a nossa atenção nas energias renováveis, uma fonte energética insuficientemente reconhecida são os resíduos, e é neste domínio que Portugal apresenta, neste momento, condições excepcionais para a dinamização desta tecnologia, pois encontra-se a implementar uma política ambiental firmemente determinada a valorizar, de forma integral, resíduos como os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), lamas de Estações de Tratamento de Água Residuais ou resíduos animais.

Neste contexto, Portugal tem uma grande oportunidade para liderar este processo a nível europeu, uma vez que outros países já implementaram investimentos nesta área e em tecnologias convencionais, quando esta tecnologia estava mais imatura, o que lhes coloca dificuldades adicionais em reposicionar, a curto prazo, a renovação tecnológica.

Por outro lado, o desenvolvimento de células de combustível é uma área de negócio "conhecimento intensiva", que necessita de crescer num ambiente de investigação e desenvolvimento, o qual o país tem vindo a dinamizar, embora com pouca participação empresarial, a qual urge estimular. Neste contexto, há, hoje em dia, empresas líderes a nível internacional que pretendem investir em Portugal como plataforma europeia para o fabrico de células de combustível e como centro de Investigação e Desenvolvimento.

Esta visão é, do ponto de vista do desenvolvimento sustentável, muito relevante porque contribui para a fixação de quadros altamente qualificados, viabiliza o desenvolvimento de uma indústria de elevado valor acrescentado e promove a excelência ambiental.

Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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