quarta-feira, setembro 01, 2004

Serra do Cume produz hidrogénio até 2005

O meu bom amigo Horacio Batista que trabalha na EDA e está sempre atento as inovações dentro do ambito da energia renovavel enviou-me esta noticia, bastante interessante sobre a produção de Hidrogenio nos Açores.


SERRA DO CUME possui o vento necessário à produção de hidrogénio.

Se tudo correr bem, o final de 2005 é a data limite para a entrada em funcionamento da primeira central de produção de hidrogénio no arquipélago.
Até ao final de 2005, a Serra do Cume receberá uma central-piloto de produção de hidrogénio, que abastecerá diversas aplicações, confirmou DI junto de Mário Alves, investigador que lidera as pesquisas nessa área no arquipélago.Após essa construção, o académico espera ter uma produção razoável dentro de 20 anos.“Neste momento estamos a tratar de diversos projectos, sobretudo ao nível da produção de energia para a produção de hidrogénio. Portanto, há todo um conjunto de acções a pôr em prática.
Depois disso, passaremos à fase de construção de demonstradores, seguindo-se uma central piloto e a extensão do sistema ao arquipélago”, explica Mário Alves, do Laboratório de Ambiente Marinho e Tecnologia (LAMTec), sedeado na Praia da Vitória.Até ao momento, estão em curso pequenos projectos comunitários – quer através do INTERREG quer através do Programa Regional das Acções Inovadores – com o objectivo de se criarem estruturas de investigação na Região. Além disso, destes devem surgir pequenos demonstradores.
“Depois, a grande produção passa pela criação, numa primeira fase, de uma central-piloto de produção de hidrogénio a localizar, em princípio, na Serra do Cume, utilizando energia renovável eólica. O próprio Plano Director Municipal da Praia da Vitória já reserva uma zona naquela área para esse fim”, concretiza Mário Alves.Esta infra-estrutura, segundo especialista, será suficiente para alimentar um conjunto de aplicações de dimensão real “quer na área dos transportes, quer na área doméstica quer na área dos trabnsportes”.
Quanto a prazos, Mário Alves adianta que ainda este ano estarão no activo alguns demonstradores, podendo ser visitados já em Janeiro do próximo ano; até ao final de 2005, o investigador espera ter a central-piloto a funcionar. “Já existe financiamento para que este timming se cumpra”, assegura Mário Alves.Uma das metas, a médio prazo, do LAMTec é o abastecimento completo do arquipélago com hidrogénio. “O prazo é de 20 anos”, afirma Mário Alves.“Temos de tirar partido do bónus que nos é dado pela natureza. Podemos produzir localmente, próximo das necessidades, deixando de estar dependentes de certas regiões do planeta, tal como acontece hoje com o petróleo”, explica.Assegura convictamente Mário Alves que será possível produzir hidrogénio suficiente para abastecer todo o arquipélago, além de quantidades para exportação.
Segundo o professor, a auto-suficiência do arquipélago consegue-se com cerca de 100 mil toneladas de hidrogénio por ano. “A potência nominal equivalente de energias renováveis para produzir essa quantidade de hidrogénio é de um gigawatt. Tendo esta quantidade de electricidade armazenada, podemos produzir hidrogénio para abastecer todas as centrais termo-eléctricas regionais, para os transportes rodoviários e marítimos, assim como para as utilizações domésticas, um dos sectores que mais energia consome”, exemplifica.Caso essa potência seja aumentada, o arquipélago poderá mesmo produzir para o continente, que necessitará de cerca de seis vezes mais quantidade, cerca de sete milhões e meio de toneladas por ano.
“O arquipélago tem energias renováveis suficientes para produzir não só o que precisamos, como para exportar”, afirma.Explica que, com o sistema funcionar em pleno, os Açores poderão produzir entre cinco a dez milhões de toneladas de hidrogénio por ano, ou seja, para si, para o continente e para mais alguém no estrangeiro.Empenho políticoA ideia final deste projecto, que está a ser desenvolvido pelo Laboratório de Ambiente Marinho e Tecnologia, instalado na Praia da Vitória, é ter unidades próprias de produção de hidrogénio nas nove ilhas, havendo, no entanto, uma central maior, cuja produção seria distribuída para o arquipélago.
As unidades locais produziriam os níveis mínimos para a auto-suficiência dessa zona, evitando-se, por exemplo, os colapsos nas reservas como tem acontecido amiúde nos Invernos açorianos, explica Mário Alves, coordenador do projecto.Contudo, para que tudo isso aconteça, é necessário cerca de um bilião de euros, quantia que “só pode ser suportada por investidores privados”. Mas são necessários sinais claros dos governos. Que não têm existido”, diz.Se a experiência tiver sucesso, para o consumidor, segundo Mário Alves, será possível ter um combustível três vezes mais barato que a gasolina ou o gasóleo, considerando os custos de produção.

2 Comments:

At 10:07 da tarde, Blogger Polietileno said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
At 6:28 da tarde, Blogger Polietileno said...

O governo "esbanjou" quatro biliões de euros que se destinaram aos submarinos. Esse dinheiro representa o valor dos incentivos do Estado a três Auto-Europa, o montante de três quadros comunitários de apoio na saúde ou educação, dois terços do custo do novo aeroporto, ou a modernização da ferrovia para se viajar de Faro a Braga em cinco ou seis horas. Pelos vistos também daria para financiar 4 projectos como o que foi aqui apresentado....não, não nos podemos fiar no governo para investir em nada que seja útil e proveitoso para todos.

Adaptado de "O Governo Bietápico" Por CORREIA DE CAMPOS
Sexta-feira, 10 de Setembro de 2004 Público

 

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