sexta-feira, julho 16, 2004

Pilha de combustível portuguesa

A empresa Soluções Racionais de Energia tem uma pilha de combustível que poderá vir a fazer frente às pilhas convencionais mas só em 2006, porque, por agora só por encomenda.
Pilhas, baterias de telemóveis e de computadores portáteis ou até de câmaras de filmar podem estar com os dias contados. A empresa Soluções Racionais de Energia, a SRE, desenvolveu uma pilha que poderá fazer frente às fontes de alimentação portáteis que utilizamos actualmente. Trata-se de uma pilha de combustível que converte a energia do hidrogénio em electricidade. Foi numa estação de testes que se estudaram diferentes tipos de protótipos. O engenheiro Rui Neto explica como o fizeram: "Na pilha de teste fornecemos os gases, o hidrogénio de um lado e o oxigénio do outro e conseguimos medir com sensores a tensão e a corrente que a pilha está a produzir. Quanto mais hidrogénio e oxigénio fornece a pilha mais corrente a pilha produz. O facto de ser transparente tem a vantagem de nos permitir ver a formação da água na pilha. Porque se a pilha tem muita água não tem uma performance óptima. Se estiver seca também começa a ter problemas de funcionamento, então deve ter uma quantidade de água ideal e esta transparência permite-nos justamente uma visão qualitativa do que esta a acontecer."
Vejamos como funcionam estas pilhas de combustível. As pilhas têm uma série de unidades de reacção. Cada unidade consiste numa membrana sofisticada que separa dois canais onde se encontram os gases. Num canal está o hidrogénio e no outro o oxigénio, separados por uma membrana. Excitado por catalizadores químicos, cada átomo de hidrogénio liberta um electrão e pode então passar através da membrana que separa os canais. Do outro lado dois átomos de hidrogénio combinam-se com um átomo de oxigénio e formam água. Os electrões percorrem um longo caminho e passam pelo colector de energia gerando electricidade.
Perceber o funcionamento desta pilha e descobrir uma forma barata de a produzir é o tema da tese de Doutoramento de Rui Neto, que está em fase de conclusão. Descoberto na Suiça pela SRE, onde trabalhava há quase um ano nesta área, Rui Neto foi para Campos Rodrigues, o administrador, o responsável pelo verdadeiro salto da empresa neste campo: "Eu penso que o Rui nos permitiu acelerar muitas coisas que tínhamos em mãos, com a experiência e os contactos que ele tinha. Permitiu dar saltos que se calhar íamos demorar muito tempo paraa ter a coragem de as fazer."
Só em 2006 estas pilhas de hidrogénio poderão competir com as pilhas convencionais. Por agora estão acessíveis somente por encomenda. É justamente numa encomenda de 500 unidades de 10 Watts que a empresa está a trabalhar neste momento. Estas pilhas estarão prontas ainda no primeiro semestre deste ano e irão alimentar estações de telemetria.

Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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