segunda-feira, maio 28, 2012

Os Oceanos


A água dos Oceanos, que representa 70% do planeta, suporta uma ampla variedade de vida marinha, comunidades e trabalhos. Esse mês de junho, no 20º aniversário da primeira Cimeira da Terra no Rio de Janeiro, líderes de todo o mundo voltarão à cidade brasileira para assistirem à United Nations Conference on Sustainable Development (Rio+20) para renovar a vontade política de tornar o desenvolvimento sustentável. A agenda para essa reunião Rio+20 é ampla e ambiciosa, mas esse é o momento de valorizar o oceano! Tem sido deixado fora da lista de prioridades por demasiado tempo, chegou seu momento. Os líderes podem corrigir nosso caminho para garantir que nosso oceano possa suster a vida marinha e a vida humana durante as próximas décadas nomeadamente no fornecimento de energia.



sexta-feira, novembro 06, 2009


SEMICONDUTOR TRANSMITE ELETRICIDADE SEM SE
AQUECER

Quanto mais modernos, poderosos e rápidos, maiores são os sistemas de arrefecimento exigidos pelos computadores. Pelo menos tem sido assim até agora. Mas não será por muito tempo, se depender dos investigadores da Universidade de Wurzburg, na Alemanha. A equipa do professor Laurens Molenkamp criou um semicondutor capaz de transmitir corrente eléctrica sem se aquecer.
Os semicondutores são os materiais com que são feitos os processadores e todos os circuitos electrónicos.
Os blocos básicos desses circuitos, chamados transístores, são cada vez menores.
Como eles funcionam com a passagem de corrente eléctrica, quanto mais componentes desse tipo são empacotados no interior dos chips, mais corrente eléctrica passa por ele e mais aquece.
Os investigadores criaram agora um semicondutor que pode ser utilizado para a construção dos transístores, mas que não dissipa calor, ou seja, não aquece quando a corrente eléctrica passa através dele.
O novo semicondutor é composto por uma mistura de telureto de mercúrio e telureto de mercúriocádmio. Os dois materiais são aplicados numa pastilha de silício em camadas alternadas. "As camadas individuais têm de sete a dez nanómetros de espessura," explica Molenkamp.
Para testar o novo semicondutor os investigadores construíram fios sobre a pastilha, em formato de H, usando a mesma técnica utilizada para construir os transístores sobre as pastilhas de silício.
A teoria dizia que o semicondutor deveria tornar-se um isolador quando submetido a temperaturas muito baixas. Surpreendentemente, os electrões concentraram-se nas extremidades da estrutura em forma de H, onde se movimentaram livremente, sem qualquer
resistência e, portanto, sem dissipar calor.
Os investigadores testaram então outros formatos de fios e verificaram que o comportamento deve-se unicamente à forma como o material é depositado em camadas, sem nenhuma relação com o formato da estrutura, seja ele um H, um X ou qualquer outro.
O mecanismo é diferente do que ocorre nos supercondutores, baseando-se no chamado efeito Spin Hall Quântico, com a electricidade a fluir pelas extremidades das estruturas.
Infelizmente, o material ainda não está pronto para utilização em grande escala. O comportamento de transferência eléctrica sem dissipação acontece apenas em temperaturas demasiado baixas para uso prático.
Mas os investigadores afirmam não ser necessário alcançar uma dissipação zero para fazer frente aos problemas de aquecimento dos processadores actuais. Eles estão agora a alternar camadas de outros materiais para subir ao máximo a temperatura e com um ganho significativo na dissipação. O candidato mais promissor nesta nova etapa é o bismuto.

sábado, agosto 15, 2009

Energia Geotermica


A Geotermia consiste no aproveitamento energético do calor da terra. Esta energia resulta do fluxo de calor das camadas mais profundas e da radioactividade natural das rochas.
Regra geral, em termos médios a temperatura aumenta 1ºC por cada 32 m que se avança em profundidade na crusta terrestre. Em zonas
vulcânicas como é o caso dos Açores, este gradiente térmico chega a ser 5 vezes superior.
Existindo um reservatório de um elemento capaz de transportar o referido calor, como seja a água (aquífero), através da construção de furos, poderemos ter à superfície um manancial de energia disponível ao seu aproveitamento.Estes furos geotérmicos poderão ter profundidades que podem variar no caso de São Miguel entre os cerca de 800 m e os 2000 m.
Dependendo da temperatura do fluído geotérmico, ser superior ou inferior a 150ºC na sua origem, a sua utilização poderá contemplar a produção de energia eléctrica (alta entalpia) ou o seu aproveitamento térmico para aquecimento em processos industriais ou agricultura.
No caso dos Açores, em virtude das suas características vulcânicas, os seus reservatórios geotérmicos com interesse, têm temperaturas que ultrapassam os 200ºC.A conversão da energia contida nos fluídos geotérmicos em energia eléctrica é feita por turbinas que utilizam directamente o vapor geotérmico com as características adequadas, ou por outro sistema como seja a utilização de um fluído intermédio, que é aquecido pela fonte geotérmica (água e vapor).
Nos aproveitamentos existentes, utilizam-se os dois sistemas.
A primeira experiência na produção de energia eléctrica por via geotérmica teve o seu início no ano de 1980, com a instalação da central geotérmica piloto, com uma potência instalada de 3 MW, no Pico Vermelho em São Miguel.

ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DA CENTRAL GEOTÉRMICA DO PICO VERMELHO(Aproveitamento directo do vapor geotérmico tratado)


ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DA CENTRAL GEOTÉRMICA INDUSTRIAL (Utilização de fluído intermédio)




Como se pode verificar, o sistema utilizado na central industrial (ciclo de Rankin) tira proveito do calor contido na totalidade do fluído geotérmico (água e vapor). Na central do Pico Vermelho (ciclo de Carnot) toda a água (a cerca de 98º C) é descarregada sem qualquer aproveitamento da energia contida na mesma. Tendo em conta que na generalidade dos furos geotérmicos existentes no maciço vulcânico de água de Pau, o geofluído às pressões utilizadas tem cerca de 20% de vapor e 80% de água e gases incondensáveis, o sistema utilizado na central industrial tira maior partido da energia disponível.
Neste momento a central geotérmica do Pico Vermelho embora tendo uma potência instalada de 3000 kW, por razões que se prendem com falta de vapor geotérmico, tem funcionado com uma potência que se cifra na ordem dos 800 a 900 kW.A central geotérmica industrial do Cachaço Lombadas tem instalados quatro grupos turbo-alternadores 2 X 2.500 kW e 2 X 4.000 kW.
A produção geotérmica atingiu 18.83 % do total de energia eléctrica produzida nos Açores durante o ano de 2001.
Em relação à ilha de São Miguel onde as centrais estão instaladas, a contribuição geotérmica atingiu durante o mesmo ano 35% do total de electricidade produzida.
Potencial por explorar
Neste momento está em curso o projecto de remodelação da central geotérmica do Pico Vermelho, estando prevista a instalação de 8.000 kW.
Na ilha Terceira, neste momento está a decorrer um programa de sondagens termométricas tendo em vista confirmar a existência de um reservatório geotérmico. Após a confirmação do reservatório, efectuar-se-ão poços de avaliação. Se tudo correr como o previsto, será instalada uma central geotérmica com uma potência que se estima em cerca de 12.000 kW.
Estudos de avaliação do Potencial Geotérmico já efectuados apontam para a possibilidade técnico-económica de instalação de aproveitamentos geotérmicos noutras ilhas, como sejam o Faial com 7.500 kW, e o Pico com 5 MW.

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segunda-feira, abril 13, 2009

De volta ao activo

Apos um longo periodo de inactividade o cleanenergy vai voltar a colocar noticias sobre a actualidade/tecnologia energetica.

Torre Solar

A busca por fontes renováveis de energia acaba de dar um ambicioso passo com a compra de uma fazenda de 10.000 ha na Austrália.
O projeto alternativo de energia não inclui a produção de biocombustíveis nem a construção de um parque eólico. Trata-se da construção de uma estação térmica de 1Km de altura chamada de Solar Tower.
Anunciada há alguns anos, a torre solar é actualmente um dos projetos alternativos de energia mais ambiciosos do planeta: uma planta de energia renovável com capacidade para geração de energia comparável a de uma pequena estação nuclear porém totalmente segura. Se construída, a torre terá aproximadamente o dobro da altura de uma das maiores estruturas do mundo, o Empire State Building.
A Solar Tower funciona como uma chaminé localizada no meio de uma base circular equipada com coletores solares. O air sob o coletor é aquecido pelo sol e se desloca pela base da chaminé até o seu topo por convecção (ar quente sobe). Na subida, ele ganha velocidade (cerca de 56 Km/h) e passa através de 32 turbinas localizadas no interior da torre, gerando eletricidade.
Até o momento, o maior impedimento para a construção da torre tem sido seu elevado custo, estimado entre U$ 500 milhões e U$ 700 milhões. Estima-se que a Solar Tower poderá gerar cerca de 200 megawatts, eletricidade suficiente para abastecer 200.000 casas.

domingo, fevereiro 26, 2006

Pilhas e baterias podem ter primeiro avanço significativo em 200 anos


Dois grupos de investigadores, trabalhando isoladamente, anunciaram quase ao mesmo tempo a descoberta do que poderá se tornar o mais importante avanço nas baterias desde a sua invenção, há mais de 200 anos. Além dos aparelhos portáteis, uma infinidade de aplicações utiliza as baterias como fonte de energia, de sistemas de no-breaks até veículos híbridos. Mas sua tecnologia não sofreu nenhum avanço radical nos últimos anos.
Cientistas dos Laboratórios Bell e da empresa mPhase relataram a construção de um protótipo de bateria "inteligente", a partir de materiais nanoscópicos, capaz de fornecer energia, não de forma contínua, como as pilhas e baterias tradicionais, mas apenas quando essa energia for necessária.
O protótipo ainda é pequeno, produzindo energia suficiente para alimentar um LED. Mas os cientistas estão entusiasmados com seu potencial.
A nova bateria é a demonstração prática de uma descoberta feita pelos mesmos investigadores, de que um eletrólito permanece sobre superfícies nanoestruturadas até ser estimulado a fluir. Esse "estímulo" é o gatilho para que a nova bateria comece a produzir eletricidade.
Esse comportamento "inteligente" poderá permitir a ativação das baterias quando necessário, aumentando enormemente sua vida útil.


Ultracapacitores
Já os pesquisadores Joel E. Schindall, John G. Kassakian e Riccardo Signorelli, do MIT, Estados Unidos, utilizaram membranas criadas com nanotubos de carbono para aprimorar um outro tipo de dispositivo de armazenagem de energia, chamado ultracapacitor. Com a melhoria, o novo componente poderá vir a substituir as atuais pilhas e baterias.
Os capacitores armazenam energia como um campo elétrico, o que os torna mais eficientes do que as baterias tradicionais, que retiram sua energia de reações químicas. Já os ultracapacitores são células de armazenamento, funcionando no mesmo princípio dos capacitores, mas capazes de fornecer quantidades enormes de energia instantaneamente. Eles já são utilizados em veículos experimentais, principalmente aqueles movidos por células a combustível.
Até agora, porém, os ultracapacitores necessitavam ser muito maiores do que as baterias para fornecer a mesma quantidade de energia. Os cientistas resolveram o problema lidando com os campos elétricos em nível atômico. Eles utilizaram uma membrana, construída com nanotubos de carbono alinhados verticalmente.
A capacidade de armazenamento de um ultracapacitor depende da área da superficie dos seus electrodos. Atualmente esses electcrodos são feitos de carbono ativado, um material extremamente poroso, o que se traduz em uma enorme área superficial. Mas seus poros são irregulares, o que significa que essa área não é tão grande quanto poderia ser, reduzindo a eficiencia

Já os nanotubos de carbono têm um desenho perfeitamente regular, além de possuir diâmetros de apenas alguns poucos átomos. A membrana construída com eles apresenta uma área superficial muito maior, o que se traduz em uma eficiência incomparável no armazenamento de energia.
Os cientistas afirmam já deter a tecnologia para a fabricação das membranas de nanotubos de carbono em qualquer formato, o que poderá facilitar a fabricação de ultracapacitores nos formatos das pilhas e baterias tradicionalmente utilizados em aparelhos eletrônicos.

sábado, janeiro 28, 2006



Nova bateria é fina como papel e recarrega em 30 segundos

A empresa japonesa NEC anunciou o desenvolvimento de uma bateria recarregável ultra-fina e flexível, que pode ser recarregada em apenas 30 segundos. Ela é tão fina - medindo cerca de 300 micrometros de espessura - que poderá ser utilizada no interior de cartões de crédito e papéis inteligentes.
A nova bateria, que é do tipo ORB ("Organic Radical Battery"), é baseada em polímeros de radicais orgânicos, com o carregamento sendo feito por meio de uma reação de oxidação-redução (redox) na região do radical.
O catodo é construído de polímeros radicais orgânicos, um tipo de plástico que tem um radical estável em sua estrutura molecular. Embora ele sejam tipicamente instável, o radical, neste caso, torna-se estável graças a uma conformação inédita de sua estrutura molecular.
O polímero radical orgânico assume um estado chamado "gel permeado pelo electrólito" - um estado intermediário entre o sólido e o líquido, no qual o polímero se expande depois de recoberto por um solvente. É este estado que explica a conformação tão flexível da nova bateria.
Além disso, a reação química é extremamente rápida, com os sais de suporte migrando suavemente através do estado gel. Isto resulta em pequena resistência à reação de recarregamento, o que permite que ela se complete em menos de 30 segundos.
A densidade da nova bateria atinge 1 mWh (mili-Watt/hora) por centímetro quadrado, o que permitirá sua utilização também em etiquetas inteligentes ativas - etiquetas RFID que não dependem dos leitores para funcionar.


Descoberta nova etapa da fotossíntese: melhores células solares



Usar a luz do sol para fornecer energia para nossas casas e edifícios ainda é um sonho distante. Principalmente devido à baixa eficiência e ao alto custo das células solares atuais.
É por isso que cada vez mais grupos de pesquisadores estão se debruçando sobre a fotossíntese das plantas: este processo biológico absorve praticamente 100% da energia do sol que atinge as folhas, além de transformar a energia solar em outros tipos de energia. Apenas para comparação, as melhores células fotovoltaicas atuais atingem 30% de eficiência, enquanto as células solares orgânicas mal passam dos 4%.
Agora, os pesquisadores Michael Haumann e Holger Dau, da Universidade Livre de Berlim, deram mais um passo na compreensão da fotossíntese. Em um artigo publicado na revista Science, eles relatam a descoberta de um quinto passo no processo de conversão da água em oxigênio.
A clorofila das plantas absorve a luz do sol, que se transforma em energia, sendo utilizada pelo chamado "complexo de oxidação da água" para catalisar a quebra da água e gerar o oxigénio molecular. Esse complexo contém quatro átomos de manganês e um de cálcio, que estão no centro da reação catalítica.
Cinco passos intermediários foram propostos para representar o processo da fotossíntese - um ciclo conhecido como Ciclo de Kok - mas apenas quatro haviam sido demonstrados até agora.
O que os cientistas alemães descobriram foi justamente o quinto passo, que é particularmente importante porque ele é diretamente ligado à formação do oxigênio molecular. Eles avançam um pouco mais, e sugerem uma extensão do Ciclo de Kok, com um passo intermediário adicional e propõem também um novo mecanismo de reação sobre a base molecular para a liberação do di-oxigênio. Isto representa um novo entendimento do mecanismo da fotossíntese.
Para estudar esse processo, eles tiveram que utilizar luz síncroton. "Um feixe de raios-X intenso e estável é necessário para se estudar uma proteína complexa e altamente diluída, presente na amostra de espinafre que foi investigada," explica Pieter Glatzel, coordenador do laboratório onde os estudos foram feitos. Os pesquisadores mediram a fluorescência que a amostra emitiu após ser excitada com os raios-X. A foto acima mostra a amostra contendo Fotossíntese II, a -260º C, iluminada por raios-X.
Eles emitiram um feixe de raios laser sobre a amostra e registraram as alterações utilizando a fluorescência por raios-X a cada 10 microsegundos, para descobrir como se desenvolviam os diferentes estágios de oxidação. Quando analisaram cuidadosamente a cinética da reacção, eles observaram um hiato temporal antes do passo 2 da oxidação. Essa pequena demora prova sem qualquer dúvida a existência do longamente procurado estado intermediário.
"Esses são resultados importantes, que terão impacto sobre a comunidade [que estuda] a fotossíntese. Eles ajudarão em nosso entendimento de como a energia solar é utilizada nas plantas e contribuirão nos esforços para se produzir células solares mais eficientes para nossas necessidades," diz Haumann.

sábado, dezembro 24, 2005

Nova célula solar de plástico é feita de materiais comuns
Cientistas da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, apresentaram mais um protótipo de célula solar feita de plástico. Além de uma alta eficiência na conversão de luz para eletricidade, a nova célula solar foi fabricada a partir de plásticos disponíveis em larga escala no mercado, o que poderá facilitar sua futura comercialização.
Os cientistas calculam que sua nova célula solar polimérica possa ser fabricada a um custo entre 10 e 20 por cento das células tradicionais. A pesquisa, de autoria de Yang Yang, Gang Li e Vishal Shrotriya, foi publicada no último exemplar da revista Nature Materials.
O alto preço dos módulos solares atuais faz com que a energia solar seja de três a quatro vezes mais cara do que a eletricidade gerada a partir da queima de petróleo. Atualmente, quase 90% dos módulos geradores de energia solar são feitos de uma forma refinada e altamente purificada de silício - o mesmo material utilizado na fabricação de chips de computador. Com isto, os módulos coletores representam metade do custo de instalação de uma usina geradora de energia solar.
A nova célula solar plástica agora apresentada é feita de uma única camada de plástico, ensanduichada entre dois eletrodos condutivos, o que permite sua fabricação em larga escala a baixo custo. Os polímeros utilizados em sua construção são largamente disponíveis comercialmente.
Testes independentes, feitos no Laboratório Nacional de Energias Renováveis, dos Estados Unidos, comprovaram que as novas células atingem uma eficiência de 4,4%, a mais alta já relatada em células solares plásticas.
O professor Yang, que coordenou a pesquisa, afirma que, como os trabalhos estão numa fase bastante inicial, será possível dobrar rapidamente essa eficiência com apenas um pouco mais de trabalho.
A meta para as células solares poliméricas é atingir uma eficiência entre 15 e 20%, com uma vida útil de 15 a 20 anos. Os atuais módulos de silício, formados com células fotovoltaicas, têm essa durabilidade, com uma eficiência entre 14 e 18%.

Descoberto por acaso o sucessor das lâmpadas incandescentes
Pegue um LED que produza uma luz azul intensa. Recubra-o com uma finíssima película de cristais microscópicos, chamados pontos quânticos, e você terá a próxima revolução tecnológica na iluminação, que poderá substituir virtualmente todas as atuais lâmpadas.

Esse LED híbrido, descoberto por acaso pelo estudante Michael Bowers, da Universidade Vanderbilt, Estados Unidos, é capaz de emitir luz branca verdadeira, similar à emitida pelas lâmpadas incandescentes, com uma leve tonalidade de amarelo.
Até agora os pontos quânticos têm recebido atenção graças à sua capacidade de produzir dezenas de cores diferentes simplesmente variando-se o tamanho dos nanocristais individuais: uma capacidade particularmente adequada à marcação fluorescente de células em aplicações biomédicas.
Mas os cientistas agora descobriram uma nova forma para construir pontos quânticos capazes de produzir espontaneamente luz branca de largo espectro.

Até 1993 os LEDs só produziam luzes vermelha, verde e amarela. Foi então que o pesquisador japonês Isamu Akasaki descobriu como fabricar LEDs que emitiam luz azul. Combinando LEDs azuis com outros verdes e vermelhos - ou adicionando-se fósforo amarelo aos LEDs azuis - os fabricantes conseguiram criar luz branca, o que abriu uma gama totalmente nova de aplicações para essas fontes de luz, por natureza extremamente econômicas e duráveis. Mas a luz emitda pelos "LEDs brancos" é apenas ligeiramente branca, apresentando um forte tom azulado.
Os pontos quânticos de luz branca, por outro lado, produzem uma distribuição mais suave dos comprimentos de onda do espectro visível, com uma leve tonalidade amarela. Desta forma, a luz produzida pelos pontos quânticos se parece mais com as luzes de "espectro total" utilizadas para leitura, um tipo de lâmpada disponível no mercado que produz uma luz com um espectro mais próximo ao da luz do Sol do que as lâmpadas incandescentes ou fluorescentes.
Além disso, os pontos quânticos, como acontece também com os LEDs, têm a vantagem de não emitir grandes quantidades de luz infravermelha, como acontece com as lâmpadas incandescentes. Essa radiação invisível produz grandes quantidades de calor e é responsável pela baixa eficiência energética desse tipo de lâmpada.
Bowers estava estudando com seu colega James McBride, procurando entender como os pontos quânticos crescem. Para isso eles estavam tentando criar pontos quânticos cada vez menores. Foi então que eles criaram um lote desses nanocristais de cádmio e selênio. Esses elementos contêm 33 ou 34 pares de átomos, o que é justamente o "tamanho mágico" no qual o cristais preferencialmente se formam. Assim, esses minúsculos pontos quânticos são fáceis de serem produzidos, ainda que tenham apenas metade do tamanho dos pontos quânticos normais.
Quando esses pontos quânticos foram iluminados com um laser, ao invés da luz azul que os estudantes esperavam, eles se encantaram com o branco vivo que iluminou a mesa onde faziam seu experimento.
A seguir os estudantes dissolveram seus pontos quânticos em uma espécie de verniz para madeira e "pintaram" um LED. Embora isso seja o que se poderia chamar de uma típica uma idéia de estudante, eles estavam, na verdade, montando sua descoberta sobre uma fonte própria de luz, dispensando o laser. O resultado não é nenhum primor de acabamento, mas demonstra claramente que a junção dos dois pode gerar uma nova fonte de luz branca que poderá revolucionar todo o setor de iluminação.
A descoberta foi descrita em um artigo publicado no exemplar de 18 de Outubro do Jornal da Sociedade Americana de Química.

Hidrogénio do etanol poderá ser combustível do futuro no Brasil

A geração de energia com o hidrogênio obtido a partir do etanol anuncia grandes perspectivas para o mercado brasileiro de combustíveis. Utilizar o etanol extraído da cana-de-açúcar e aproveitar a malha de distribuição já disponível para o álcool constituem um cenário economicamente animador, além de ambientalmente promissor porque há um ciclo completo de emissão e absorção de gás carbônico (CO2), um dos principais responsáveis pelo efeito-estufa.
Com essa tônica, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), em parceria com o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), deu início ao projeto Geração de hidrogénio a partir da reforma do etanol, que busca desenvolver catalisadores que permitam a obtenção e a purificação do hidrogênio a partir do etanol, para ser usado na célula a combustível.
Uma das mais promissoras aplicações da célula a combustível no Brasil é a geração de energia para comunidades em que não há o sistema de eletricidade convencional. Dados do Ministério das Minas e Energia de 2003 mostram que aproximadamente 10 milhões de brasileiros não têm acesso à energia elétrica, a maior parte deles residentes na Região Nordeste. Do total de famílias que vivem sem energia elétrica, 90% têm renda inferior a três salários mínimos e 84% vivem em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano abaixo da média nacional. Somente na Amazônia, região em que não há possibilidade de interligação com as redes elétricas convencionais, vivem 300 mil famílias.
Outra possibilidade de aplicação da célula a combustível é nos motores a álcool dos automóveis. Com um catalisador eficiente, a reforma do etanol em hidrogênio, produzida no próprio motor, leva o hidrogênio para a célula, uma espécie de grande "pilha", gerando energia limpa para movimentar o carro.
O projeto, coordenado por pesquisadores do INT, leva em conta a elevada produção de etanol no Brasil, que, segundo dados da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais, deve chegar neste ano a cerca de 17 bilhões de litros de álcool, gerados a partir de uma produção esperada de 440 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Uma das principais incentivadoras do projeto, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) apoiou a modernização do Laboratório de Catálise do INT, que será reinaugurado no próximo dia 28. A reinauguração marca também os 20 anos de atuação do INT no desenvolvimento científico e tecnológico na área de Catálise. No mesmo dia, prestigiando o aniversário, o Instituto lança o fórum de debates "Questão Tecnológica".
Nessa sua primeira edição, o fórum, que tem como objetivo trazer à discussão temas atuais de importância para o desenvolvimento do País, coloca em debate as possíveis rotas tecnológicas para utilização de fontes alternativas aos derivados de petróleo, bem como os esforços de pesquisadores brasileiros na busca de caminhos que viabilizem a auto-suficiência e o desenvolvimento sustentável do Brasil em combustíveis.

Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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