quinta-feira, outubro 20, 2005

Pesquisa mostra como o combustível hidrogénio é gerado

O oxigênio é essencial para a vida. Mas, quando se trata de produzir hidrogênio, que pode ser utilizado como uma fonte de energia abundante, barata e sem qualquer tipo de poluição, o oxigênio é uma verdadeira pedra no sapato.
O "problema" é que o oxigênio e o hidrogênio se dão muito bem e reagem entre si - formando água - e paralisando o processo de geração do tão sonhado combustível barato e ambientalmente correto.
A reação do hidrogênio com o oxigênio acontece no interior de uma família de enzimas, presentes em muitos microorganismos, hoje vistas como uma das fontes potenciais para o fornecimento de hidrogênio. E até hoje os cientistas não sabiam exatamente como os dois se encontram, paralisando o processo de geração do hidrogênio.
Agora, cientistas da Universidade do Illinois, Estados Unidos, conseguiram modelar a rota dos dois elementos, permitindo que se veja como e por onde oxigênio e hidrogênio viajam para alcançar e sair do ponto de catálise das enzimas - o chamado grupo H - que é exatamente onde o hidrogênio é convertido em energia.
A descoberta resolve um problema econômico importante para a geração de energia limpa. Numerosos microorganismos possuem enzimas, conhecidas como hidrogenases, que utilizam somente água e luz do sol para gerar energia a partir do hidrogênio. Mas a insistência do oxigênio em se ligar ao hidrogênio simplesmente paralisa a geração do gás hidrogênio.
"Entender como o oxigênio chega ao ponto de reação irá nos permitir ver como a tolerância ao oxigênio da hidrogenase pode ser aumentada por meio da manipulação das proteínas e, em decorrência, tornar a hidrogenase uma fonte economicamente viável de hidrogênio-combustível," explica Klaus Schulten, um dos participantes da pesquisa.
Os cientistas concluíram que será possível fechar as rotas do oxigênio através da hidrogenase por meio da manipulação genética da proteína, aumentando a tolerância da enzima ao oxigênio, sem interromper a liberação do hidrogênio.
A pesquisa foi publicada no último exemplar da revista Structure.

quarta-feira, outubro 12, 2005

Pesquisadores brasileiros criam aquecedor solar mais eficiente
Agência FAPESP

Pesquisadores brasileiros criam aquecedor solar mais eficiente

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Guaratinguetá, desenvolveram uma nova solução eficiente, mas extremamente simples, para melhorar o rendimento das placas de aquecimento solar.

Trata-se de uma placa em formato parabólico, com 3 metros de comprimento por 1 metro de largura, formada por uma fina folha de aço, recoberta por uma película de polietileno refletivo. Pelo menos esta é a parte mais visível do novo e eficiente tipo de aquecedor solar.

"Além disso, no foco da placa é fixada uma serpentina formada por cinco canos de cobre enegrecido, com 3 metros de comprimento", explica Teófilo de Souza, professor da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, responsável pelo invento. "Quando a água passa pelo sistema ela atinge entre 185º C e 200º C. Nos produtos similares, a temperatura chega apenas a 60º C."

Além da novidade representada pela película, a movimentação do aquecedor no sentido do Sol ao longo do dia é outra das explicações dadas por Souza para justificar o sucesso do dispositivo. "Além do sensor luminoso, existe um pequeno motor, usado em furadeiras, para promover o deslocamento da peça. A energia elétrica necessária nesse caso é bem pequena, mas também estamos desenvolvendo uma bateria para acionar o mecanismo", disse o pesquisador à Agência FAPESP.

Funcionar sem nenhum tipo de energia elétrica é essencial para que a novidade consiga desempenhar com sucesso uma de suas finalidades, especificamente em ambientes rurais. "O vapor produzido pelo aquecedor pode substituir o querosene e o gás de cozinha no funcionamento de geladeiras", conta Souza.

Outra utilidade, segundo o responsável pelo projeto que também contou com a participação de alunos da Unesp, seria em residências que têm acesso à energia elétrica. Pelas contas do professor de engenharia, o Brasil tem hoje 30 milhões de casas ligadas à rede elétrica. Com cinco pessoas em média, esses lares gastam em torno de R$ 40 com o chuveiro elétrico, ou 40% da conta de luz.

"A economia indireta total, nesse caso, pode chegar a R$ 1,2 bilhão", calcula Souza. Segundo o pesquisador, como o preço aproximado do seu aquecedor solar é de R$ 300, não custaria muito para o próprio governo colocar esses dispositivos nas casas dos brasileiros. "Além disso, em um ano e meio de funcionamento, ele ainda não precisou de nenhum tipo de manutenção", garante Souza, que desenvolveu suas pesquisas no âmbito do Centro de Energias Renováveis da Unesp de Guaratinguetá.

Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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