sábado, setembro 24, 2005

Centro de Excelência para a Bio-Energia promovido pela Universidade do Minho

Ainda antes das férias de Verão, a Universidade do Minho submeteu a apreciação pela Agência de Inovação a proposta de criação de um Centro de Excelência para a Bio-Energia, com o objectivo de criar um conjunto de competências em energias renováveis, em particular no domínio dos recursos orgânicos.
O projecto nasceu através do Centro de Valorização para os Resíduos (CVR), um ‘interface’ da Universidade do Minho, a fim de se valorizarem os recursos endógenos que o país subaproveita. De acordo com José Carlos Teixeira, docente do Departamento de Engenharia Mecânica, “a intenção é estimular o desenvolvimento das áreas da biomassa, do biogás e dos biocombustíveis, criando um agrupamento de parceiros que cubram toda a fileira, desde a produção até ao consumidor final”.
Com um investimento de 1,3 milhões de euros, 25% do valor será assegurado pelos parceiros do consórcio que, segundo José Carlos Teixeira, “terá um contributo importante na diversificação da palete de recursos energéticos e na diminuição das emissões de carbono, contribuindo assim para o alcance dos objectivos do Protocolo de Quioto”.
Entre os parceiros do consórcio a ser formado, caso o projecto obtenha aprovação da Agência de Inovação, contam-se também a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, as autarquias e associações de municípios do Vale do Ave e Cávado, os Departamentos de Engenharia Mecânica e Engenharia Biológica da Universidade do Minho, duas dezenas de empresas privadas, aterros sanitários, a Associação de Produtores de Cereais e Oleginosas, a RAIZ (fabricante de pasta de papel), o INETI (Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial) e o Instituto Nacional de Investigação em Agricultura e Pescas. Existe, ainda, o interesse de uma empresa holandesa, líder do mercado mundial em reactores anaeróbicos, que pretende instalar-se em Portugal caso o projecto avance.
Uma das vantagens apontadas pelo responsável do projecto é o facto da biomassa ser uma energia renovável acumulável, que pode ser armazenada. Outro dos pontos fortes será a criação de emprego prevista, bem como o desenvolvimento de tecnologias e a fixação de pessoas com conhecimentos, “que o mercado português não está a desenvolver nem aproveitar”. Prevê-se que o Centro de Excelência avance ainda antes do final de 2005.
Universidade do Minho constitui Assessoria para a EnergiaNo seguimento do projecto do Centro de Excelência para a Bio-Energia,a Universidade do Minho acaba de constituir uma Assessoria para a Energia, que tem por objectivo reduzir os custos em energia, que ascendem a um milhão de euros anuais. A equipa comporta sete docentes para tornar a instituição “exemplar na economia e utilização de nergias alternativas”. A intenção é que se desenvolvam os estudos necessários para propor soluções energéticas que permita a redução significativa do uso de energia e implementação de processos alternativos.
A Assessoria para a Energia vai permitir, no imediato, uma economia de 5% e a médio prazo de 15%. O primeiro passo será a monitorização da utilização de energia nos edifícios da Universidade do Minho.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Novo material pode ter magnetismo em estado líquido

Cientistas norte-americanos e japoneses, trabalhando conjuntamente, podem ter descoberto o longamente sonhado material que apresenta magnetismo em estado líquido. A pesquisa foi publicada na revista Science da última sexta-feira, dia 9.
O inusitado material - sulfeto de níquel-gálio (NiGa2S4), foi sintetizado por cientistas da Universidade de Kioto, Japão. A seguir ele foi estudado por cientistas de várias universidades e do Instituto Nacional de Padronização e Tecnologia, nos Estados Unidos.
Os cientistas descobriram que a disposição triangular dos átomos do material parece impedir o alinhamento magnético de seus spins, a característica dos elétrons que produz o magnetismo. Um estado magnético "líquido" ocorre quando os spins magnéticos flutuam desordenadamente, um arranjo fluídico que não produz uma força magnética total.
Esse estado de magnetismo líquido foi proposto teoricamente há mais de 30 anos. Ele pode estar relacionado à forma também fluida com se movem os elétrons, sem qualquer resistência, em materiais supercondutores.
"Esta pesquisa mostra que, em um instante no tempo, o material se parece com um líquido magnético. Mas, se há flutuações no tempo, assim como no líquido, isso ainda terá que ser estudado," explica o professor Collin Broholm.
Os cientistas fizeram seu experimento utilizando um instrumento chamado espectrômetro chopper de disco. Ele dispara ondas de neutrons de um comprimento de onda fixo através da amostra que está sendo estudada. A seguir, mais de 900 sensores, dispostos em um grande semicírculo, determinam exatamente onde e quando os neutrons emergem, dando informações precisas para o mapeamento dos spins dos elétrons.

terça-feira, setembro 06, 2005

Criada nova técnica para armazenamento de hidrogenio

Os cientistas que sonham com uma "economia do hidrogenio", um mundo no qual o petróleo será substituído pelo ecologicamente correto gás hidrogenio, há muito já sabem que não poderão se basear em tanques para armazenar o gás. Um automóvel alimentado por hidrogenio, por exemplo, para ser viável e prático, teria que levar um tanque de gás quase do tamanho de um camião.
É por isso que virtualmente todas as pesquisas na área estão voltadas para o desenvolvimento de métodos sólidos de armazenamento de hidrogenio, ou seja, compostos químicos sólidos que contenham hidrogenio em sua fórmula. Para utilizar o hidrogênio, as ligações químicas seriam quebradas e o combustível liberado. Além de levar muito mais hidrogenio por unidade de peso, o sistema é muito mais seguro do que tanques pressurizados.
Agora pesquisadores da Universidade Purdue, Estados Unidos, desenvolveram uma nova técnica para o armazenamento de hidrogenio, que poderá ser um caminho para a viabilização da energia do futuro.
A técnica utiliza "micro-pellets", minúsculas bolas de um composto químico contendo hidrogenio. As microbolas são tão pequenas que o combustível pode ser armazenado em depósitos do tamanho de um cartão de crédito, o que torna a técnica viável também para dispositivos portáteis, como laptops e computadores de mão.
Para chegar à nova técnica, os engenheiros se basearam em duas técnicas já conhecidas, mas que apresentam sérias limitações. A combinação dos dois métodos resolveu os problemas de cada uma delas.
A primeira técnica foi inventada pelo Prêmio Nobel de Química, Herbert C. Brown, e consiste em um composto chamado borohidreto de sódio, que contém sódio, boro e hidrogenio. Combinando o composto com água e com um catalisador, o hidrogênio pode ser liberado. O problema: o catalisador é caro demais.
A segunda técnica envolve uma reação química, na qual minúsculas partículas de alumínio são combinadas com água, de tal forma que o alumínio entra em combustão, liberando hidrogenio. Embora dispense um catalisador caro, as quantidades de hidrogênio liberadas são pequenas demais para serem utilizadas com combustível.
"Nossa solução foi combinar os dois métodos, utilizando o que nós chamamos uma mistura tripla borohidreto-metal-água, mistura esta que não exige um catalisador e tem hidrogenio suficiente para tornar o método promissor para aplicação em células a combustível," explica Arvind Varma, pesquisador da equipe.
O trabalho, de autoria do Dr. Varma, Evgeny Shafirovich e Victor Diakov, foi apresentado durante a reunião da Sociedade Americana de Química e deverá ser publicado no próximo exemplar do periódico Combustion and Flame.

Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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