domingo, março 28, 2004

Ondas vão produzir electricidade na Nazaré

A instalação, possivelmente até ao final do ano, de um “parque das ondas” a oscilar na água, a cinco quilómetros da costa da Nazaré, visa produzir electricidade através do mar. A notícia, avançada pelo “Público”, domingo passado, poderá desencadear alguma polémica na vila. É que o director-geral de Energia, Jorge Borrego, em declarações àquele diário, teme que a experiência, a terceira no país, seja “um potencial foco de conflito com os pescadores”. Isto porque pode vir a interditar a actividade piscatória no local onde estiver instalado.

O autor da peça diz que o equipamento é composto por “grandes cilindros, ligados uns aos outros, com 3,5 metros de diâmetro e 120 metros de comprimento”.

Esta tecnologia nova, desenvolvida há seis anos por uma empresa escocesa, funciona em zonas de águas profundas. Segundo o “Público”, com base num sistema hidráulico, a energia das ondas é convertida em electricidade, depois transportada para terra através de um cabo submarino. Quarenta dessas máquinas totalizam uma capacidade de 30 megawatts, suficiente para suprir as necessidades de electricidade de cerca de 20 mil casas.

União Europeia disponibiliza 100 milhões para acelerar disponibilização de pilhas de hidrogénio

O Comissário europeu responsável pela Investigação, Philippe Busquin, apresentou hoje em Bruxelas, numa conferência intitulada "Combustíveis para as gerações futuras", os principais projectos, actuais e futuros, que permitirão fazer a transição de uma economia baseada nos combustíveis fósseis para uma economia baseada no hidrogénio.

Na sequência do primeiro convite à apresentação de propostas no âmbito do Sexto Programa-Quadro de Investigação (PQ6 2002-2006), a UE está a financiar uma série de projectos de investigação e de demonstração no domínio das pilhas de hidrogénio e de combustível no valor de 100 milhões de euros, sendo a participação do sector privado de um montante idêntico.

Esta iniciativa será reforçada com novos convites à apresentação de propostas de I&D que representarão um investimento público e privado de 300 milhões de euros (150 milhões da UE).

Estes projectos, cujo objectivo é a produção e utilização em grande escala do hidrogénio como fonte de energia, constituem a fase inicial da Iniciativa "Quick Start" que está a ser lançada conjuntamente pelo Comissário Phillippe Busquin e a Vice-Presidente Loyola de Palacio, responsável pelos Transportes e a Energia.

sábado, março 20, 2004

Tecnologia

"Wemsar" e um projecto do Prof. Ola M. Johannessen do Nansen Environmental and Remote Sensing Center na Noruega.
A implementação de parques eolicos em regime de offshore, ou em terra vêm se tornando cada vez mais de uma importância vital para a implementação da energia renovavel em toda a Europa, neste planeamento e crucial a escolha do sitio em que se faz a implementação do parque pois a energia que se produz num parque eolico esta directamente relacionada com a sua localização.
Esta localização normalmente é feita com instrumentos tais como anemometros montados no sitio onde se pretende fazer a instalação efectuando medições regulares durante um ano, não significando que esta seja a melhor tecnica.
Novas tecnologias como a analise por satelite podem ter grande importânciana escolha da localização do futuro parque eolico, surge assim a "WEMSAR" (Wind Energy Mapping Using Synthetic Aperture Radar) que permite medir a velocidade do vento e direcção em intervalos de 400 m criando mapas.

sábado, março 13, 2004

EXtremamente IMPORTANTE

Decidimos publicar a tradução de um artigo do The Observer (Monday, Feb 23, 2004,Page 7), jornal britânico, por pensarmos ser útil e importante a mensagem de fundo. Apesar de ser um texto extremamente americanizado, com alusões e preocupações meramente dos EUA, como se o resto do mundo não fosse afectado e apenas os cerca de 235 milhões de cidadãos da EUA fossem os mais prejudicados pelas consequências, ilustra na sua base o facto de que o equilíbrio do planeta foi alterado pelos humanos e as consequências serão graves e não apenas para os humanos, mas para todas as espécies que habitam o planeta terra. O facto de uma espécie entre cerca de 30 milhões ter procedido (e continua a faze-lo) como se a Terra fosse algo a explorar infinitamente, sem nada dar em troca, colocando a vida das outras espécies em perigo, vai trazer obviamente e também consequências nefastas para essa mesma espécie.


Não e o objectivo do PER lançar alertas alarmistas para um futuro próximo, mas as nossas acções continuam a prejudicar o ambiente todos os dias e se para alterarmos o curso dos eventos, tenhamos que publicar tais relatórios, assim o faremos, mas queremos deixar bem presente que a análise crítica por parte dos nossos leitores é extremamente necessária, especialmente num texto vindo dos EUA.

As alterações climáticas nos próximos 20 anos podem resultar numa catástrofe que pode custar milhões de vidas em guerras e desastres naturais. Um relatório secreto, suprimido pelas altas patentes da defesa dos EUA e obtido pelo jornal londrino The Observer, avisa que as principais cidades europeias estarão submersas e a Grã Bretanha terá um clima Siberiano por volta de 2020. Conflitos nucleares, mega-secas, fome e tumultos irão devastar o mundo.

O documento prevê que a mudança climática abrupta poderá levar o mundo à beira da anarquia à medida que os países desenvolverem armas nucleares para defenderem as escassas reservas alimentares, de água e energéticas. A ameaça à estabilidade global eclipsa vastamente a do terrorismo, dizem os poucos especialistas que leram o conteúdo do referido relatório.

Os resultados serão humilhantes para a Administração de George Bush, que tem negado repetidamente a existência de alterações climáticas. Os especialistas afirmam que a leitura deste relatório abonará pouco em favor de um presidente que tem insistido em considerar a defesa nacional como prioridade. O documento foi pedido pelo Conselheiro de Defesa do pentágono Andrew Marshall, que tem tido grande influencia na forma de pensar do exército dos EUA nas últimas 3 décadas. Ele foi o homem por detrás de um estudo recente que pretende transformar a estrutura militar sob a alçada do Secretário da Defesa Donald Rumsfeld.

As alterações climáticas “é um assunto que deveria deixar de ser apenas um debate científico para se tornar numa preocupação da segurança nacional dos EUA”, dizem os autores Peter Schwarz., consultor da CIA e antigo Director do Planeamento no Grupo Shell e Doug Randall da organização Global Business Network, sediada na Califórnia.

Um cenário imediato de mudanças climáticas catastróficas é “plausível e desafia a segurança nacional dos EUA a tomar medidas imediatas, concluem os supra-citados autores. Já no próximo ano as cheias inesperadas pela subida do nível dos oceanos criarão grandes problemas para milhões de pessoas.

Na semana passada, a Administração Bush foi submetida a fogo exposto por parte de um elevado número de cientistas devido ao facto de terem sido escolhidos temas científicos que nao incomodam e estão de acordo com a agenda política e suprimidos aqueles que nao foram do agrado. Jeremy Symons, um ex-porta voz da EPA (Environmental Protection Agency) afirmou que a supressão do relatório durante 4 meses era mais um exemplo de como a Casa Branca continua a tentar enterrar o assunto das mudanças climáticas.

Os Climatólogos acreditam que os seus veredictos podem ser catalisadores para forcar o Presidente Bush a aceitar as alterações climáticas como reais. Esperam também convencer os EUA a assinar os tratados globais para reduzir a taxa dessas mesmas alterações.

Um grupo de eminentes cientistas britânicos visitaram recentemente a Casa Branca para dar voz aos seus receios relativamente ao aquecimento global e contribuir para a pressão para levar os EUA a tratar o assunto seriamente. Fontes contaram ao The observer que os oficiais dos EUA pareceram extremamente sensíveis em relação a este assunto quando foram confrontados com as queixas de que a posição oficial dos EUA parecia cada vez mais intocável. Um desses oficiais afirmou mesmo que uma carta de protesto foi escrita pela Casa Branca relativamente aos comentários de Sir David King, Conselheiro científico chefe de Tony Blair, depois de este ter considerado a posição de George Bush como indefensável.

Entre os cientistas presentes nas reuniões na Casa Branca estava John Schellnhuber, ex Conselheiro Ambiental Chefe do Governo Alemão e chefe dos climatólogos no Centro Tyndall para a Investigação sobre as alterações climáticas, que afirmou que os receios internos do Pentágono seriam as gotas de água que fariam mudar a posição de Bush. Bob Watson, Cientista Chefe no Banco Mundial e ex-membro do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas acrescentou que os avisos do Pentágono nao podem continuar a ser ignorados. “Será que Bush pode ignorar o Pentágono? Vai ser muito difícil afastar este tipo de documento, o que seria muito embaraçoso, sendo a defesa nacional uma prioridade do Presidente Bush. O Pentágono não é nenhum louco nem um grupo liberal, em termos gerais é conservador e se as alterações climáticas são uma ameaça à segurança nacional e à economia, então o presidente vai ter de agir. Existem 2 grupos que o Presidente ouve: o lobby do petróleo e o Pentágono”, acrescentou Watson.

O planeta, de acordo com Randall e Schwartz, já carrega uma população maior do que pode sustentar. Em 2020 as faltas de água e de energia tornar-se-ão cada vez mais difíceis de ultrapassar, mergulhando o planeta na guerra. Eles avisam que há 8200 anos as condições climatéricas foram a causa de ausências de colheitas, fome, doença e migrações em massa de populações, que se pode vir a repetir num futuro próximo.

Os cenários do relatório são tão dramáticos, segundo Watson, que podem ser vitais nas eleições dos EUA. John Kerry, o candidato democrático mais bem posicionado, vê as alterações climáticas como um problema real e os cientistas desapontados com a posição de Bush estão a ameaçar usar o relatório do Pentágono na sua campanha eleitoral.

sábado, março 06, 2004

Conversão da Energia Geotérmica

Este recurso pode ser classificado em duas categorias:

- alta temperatura (T>150 ºC): este recurso está geralmente associado a áreas de actividade vulcânica, sísmica ou magmática. A estas temperaturas é possível o aproveitamento para a produção de energia eléctrica.

- baixa temperatura (T<100 ºC): resultam geralmente da circulação de água de origem meteórica em falhas e fracturas e por água residente em rochas porosas a grande profundidade.
O aproveitamento deste calor pode ser realizado directamente para aquecimento ambiente, de águas, piscicultura ou processos industriais.

Actualidade Energia Geotérmica em Portugal

Em Portugal continental existem essencialmente aproveitamentos de baixa temperatura ou termais. Este pode ser dividido em duas vias:


- aproveitamento de polos termais existentes (temperaturas entre 20 e 76 ºC): exemplos disso são os aproveitamentos em Chaves e S. Pedro do Sul com cerca de 3 MWt a temperaturas de cerca de 75 ºC a funcionar desde a década de oitenta.
- aproveitamento de aquíferos profundos das bacias sedimentares: caso do projecto geotérmico do Hospital da Força Aérea do Lumiar, em Lisboa, obtida a partir de um furo com 1.500 m de profundidade com temperaturas superiores a 50 ºC, a funcionar desde 1992.


Os aproveitamentos mais interessantes na área da geotermia são os realizados nas ilhas dos Açores. Actualmente estão inventariados 235,5 MWt
Só em S.Miguel (Centrais Geotérmicas de Ribeira Grande e Pico Vermelho com 14 MWe) a energia produzida por esta fonte representa cerca de 40-50% da electricidade consumida na Ilha (105 GWh) e para 2005 estima-se que este valor ultrapasse os 50%, representando para todo o arquipélago uma quota superior a 30%.

Geotermia

Nos processos geotérmicos existe uma transferência de energia por convecção tornando útil o calor produzido e contido no interior da terra. O aproveitamento também pode ser feito utilizando a tecnologia de injecção de água a partir da superfície em maciços rochosos quentes.

A utilização ideal da energia geotérmica é em cascata, a temperaturas progressivamente mais baixas, até cerca dos 20ºC (Diagrama de Lindal).
Actualmente existe também a utilização de ciclos binários na produção de energia eléctrica e de bombas de calor (BCG) no caso de utilizações directas.

Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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